sábado, 2 de julho de 2011

Toyota Bandeirante

Olá pessoal, estou vendendo uma reliquia, Linda Toyota Bandeirante longa.
Até o presidente Mundial da Toyota Se encantou com o carro.

ESTOU VENDENDO ESTE LINDO E RESISTENTE VEICULO TOYOTA BANDEIRANTE 1979 Amarela

                                                   Presidente da Toyota Akio Toyoda ao Centro

 

 

Dados da Toyota a Venda

Direção Hidraulica Caixa ZF universal da Hilux

Bomba Hidraulica que abastece a direção da caixa é do Omega 6cc

Embreagem Hidraulica (muito macia e confortavel)

Snorkel

Freio a Disco

4 x 4 e reduzida (tudo funcionando perfeitamente

Banco de couro

Cinto de seguraça 5 pontas

OBS:  Até Presidente da Toyota Mundial Sr Akio Toyoda. quando de sua visita ao MT se encantou com o carro.

Veja as fotos dom carro e entre em contrato.

 

Contato:luizgaragemdocarro@pop.com.br ou (65) 9239-6109 / 3694-9756

 


O que você vai ler a seguir é o teste do Bandeirante (Toyota do Brasil S.A.), publicado na revista Quatro Rodas, em sua edição de maio de 1.964. O texto original foi dividido em duas partes e transcrito literalmente. As fotos que acompanham a matéria também são as originais, publicadas na revista. Nesta edição, você fica com a primeira parte do teste (considerações gerais e teste estático); o restante será publicado no próximo mês. Fique de olho!

VEÍCULO TESTADO
Utilitário jipe Toyota Bandeirante, para 7 passageiros. Modelo 1963 / 64, duas portas, emplacamento provisório de São Paulo e Guanabara. Motor nacional Diesel, Mercedes-Benz OM-324, nº 0800822, com 78 HP (SAE) a 3.000 rpm. Chassi nº 3TB25L11860. Tração em duas ou quatro rodas. Pneus 6.50, 6.70 x 16, com banda de rodagem especial, própria para tração em terreno com lama. Odômetro no início do teste: 3.249 km. Quilometragem abrangida pelo teste: 2.285 km.

HISTÓRICO
O Bandeirante é fabricado pela Toyota do Brasil S.A. (km 23 da estrada de Piraporinha, em São Bernardo do Campo) e resulta do modelo original japonês, utilizando motor nacional OM-324 da Mercedes-Benz. A firma originária é a Toyota Motor Company Ltd., estabelecida em Koromoshi Aichiken, Japão, cujos primeiros produtos chegaram ao Brasil em 1952 e foram montados pela Sociedade Comercial Alpagral Ltda. Em maio de 1962, foi lançado o primeiro Toyota Bandeirante, com o índice de 85% de nacionalização em seu peso. A nova fábrica, de São Bernardo do Campo, foi inaugurada em novembro do mesmo ano, sendo, portanto, a mais nova do País, no setor. Enquanto em 1962 a produção da Toyota alcançou 627 unidades Bandeirante, em 1963 esta cifra ascendeu a 1001.

ESTÉTICA
O Bandeirante tem linhas austeras e simplificadas, de proporções um pouco maiores do que as de viaturas da mesma categoria. Seu aspecto frontal, abrangendo grade, faróis e faroletes, sugere mais funcionalidade do que beleza. As linhas gerais, quase totalmente retas, têm ligeiros arredondamentos. Visto pela frente oferece a impressão de largura e altura relativamente grandes. Pára-brisa, pára-choques e pára-lamas bem localizados no desenho do veículo. Lateralmente, o estribo, bem encaixado na continuação do pára-lama, é o detalhe que melhor o compõe. A traseira tem aspecto agradável, embora simples e simétrico. A roda sobressalente, bem situada, contribui para o conjunto estético.

UTILIZAÇÃO
O Bandeirante, não tendo caixa de transmissão múltipla, dispõe, no entanto, de 4 marchas para a frente, das quais a primeira para emprego mais severo. Evolui em qualquer terreno, mesmo arenoso ou em lodaçal, com facilidade e dentro do mais perfeito controle de direção. Aclive e declive foram vencidos com desenvoltura, mediante emprego criterioso de sua transmissão. Nas tarefas agrárias, com carga até meia tonelada, volumes concentrados ou não, desloca-se com rapidez relativa, mesmo em terrenos acidentados. Conduz normalmente sete pessoas. Restrições à largura dos bancos traseiros, reduzida demais.

ACABAMENTO
O acabamento, principalmente nas soldas, não é dos melhores. A grade cromada é de qualidade inferior: descasca com pouco uso. Buzina: mesmo regulada, tende a sofrer a ação da água e das trepidações. Pintura: bom aspecto, possivelmente boa duração. Capota plástica, de boa qualidade, com restrições: após algum uso, observamos esgarçamento nos transparentes das portas, em relação à parte triangular fixa, por ser pequena a área de superposição. Na janela traseira, uma potente mola de retorno fixa convenientemente à porta. O fechamento das janelas, por fora, é fácil; por dentro, nem tanto. No banco dianteiro, o estofamento mole é desagradável em terrenos acidentados e a velocidades médias. Pinos das dobradiças do capuz fracos: um partiu-se durante o teste. Rodas sem calotas. Os pomos das alavancas, principalmente a de mudanças, tendem a soltar-se com a vibração.

MOTORISTA
Molejo do banco e da suspensão podem proporcionar choques ao motorista, em terrenos acidentados. Através do volante, tem-se visão completa do painel, cujas inscrições em Inglês são incompreensíveis, num veículo com 97,05% de nacionalização em peso. Acesso à alavanca de freio de estacionamento: incômodo, por se encontrar a peça no alinhamento da alavanca de comando da tração dianteira. Comutador de luzes dos faróis: de emprego difícil, por baixo do pedal de embreagem. Sinalização de direção: ótimo acesso. Ventilação para os pés propicia real alívio nos dias quentes. Um conjunto de dois espelhos retrovisores proporciona tranqüilidade na direção. Com chuva e as sanefas fechadas, o interior fica um tanto abafado. A direção possui boa redução, não se notando acréscimo de peso necessário à sua utilização, quando se eleva a carga transportada. Molas semi-elípticas mais compridas e a própria robustez do jipe impedem a influência do terreno na direção. Contudo, as vibrações do motor, especialmente quando em marcha lenta, são transmitidas com grande intensidade ao volante. Embreagem: hidráulica, uma segurança a mais com que conta o motorista.

CAPACIDADE DE TRANSPORTE
O Bandeirante pode transportar até 3 pessoas no banco dianteiro e 4 nos traseiros. O acesso é bom, devido ao rebatimento total do banco da direita, à alça de apoio e ao estribo. A capacidade de carga pode ser avaliada pelas cubagens da parte traseira: sem desmontar os bancos, 900 dm³; desmontando, 1.250 dm³, ambas avaliadas com a capota montada. Sem a capota, há uma melhora considerável. A porta traseira, pela sua abertura e rebatimento, proporciona amplo vão para a carga.

MANUTENÇÃO
Motores Diesel requerem maiores cuidados no período de amaciamento, pois possuem taxas de compressão bem mais elevadas do que as dos motores a gasolina. No caso presente, é de 1:20,5, sendo o período de amaciamento fixado nos primeiros 2.000 quilômetros rodados, durante os quais devem ser evitados serviços mais árduos e altas velocidades. Os parafusos da carroçaria devem ser apertados após os primeiros 1.000 quilômetros. Em qualquer hipótese, não se deve acelerar o motor em altas rotações, em qualquer das marchas. Todos os óleos do motor, caixa de mudanças e diferencial devem ser trocados após os primeiros 500 km. Como diferença do habitualmente recomendado, a cada 3.000 km devem-se verificar os níveis de óleo dos dois diferenciais, da caixa de mudanças e substituir o óleo da bomba injetora. O óleo para o motor e bomba injetora (marca Bosch) é o SAE 30 HD. O filtro de ar leva óleo SAE 30-50. A caixa de direção, dependendo da marca do óleo, pode levar SAE 140, ou SAE 90. Existem 4 filtros a serem limpos: de ar, de óleo lubrificante do motor, o prévio de combustível e o principal de combustível. O manual do proprietário do veículo, fornecido pela fábrica, deve ser cuidadosamente estudado e seguido.

ABASTECIMENTO
O abastecimento de óleo combustível é feito pelo lado esquerdo da viatura, num ressalto embutido, onde se encontra um bujão com chave. A capacidade do tanque é de 57 litros, mas o marcador dá margem a uma reserva de 15 litros (muito grande, na realidade), quando indica o tanque vazio. Para o abastecimento de água, não há recomendações especiais. Quanto aos pneus, têm pressões indicadas para estradas normais: 25 lb/in²; estradas em mau estado: 22 lb/in² e terrenos lamacentos e areões: 15 lb/in². Todas valem para os quatro pneus. A bateria fica sob o banco do motorista, com acesso um tanto dificultado pelo desmonte do assento e desalinhamento das roscas das duas borboletas da tampa da caixa. Verifica-se sulfatação em alto grau, necessitando de aterração. Capacidade: carter do motor, 6 litros; caixa de mudanças, 3,3 litros; diferencial dianteiro, 2,8 litros; diferencial traseiro, 2,8 litros; caixa de transferência, 1 litro; sistema de refrigeração, 13 litros; tanque de combustível, 57 litros.

DISTRIBUIÇÃO DE CARGA PELOS EIXOS
Descarregada, a viatura se apresenta com uma distribuição incidindo 54,4% sobre o eixo dianteiro. Com carga de 411 kg, o eixo dianteiro recebe 41,9% da distribuição. Graças ao balanço traseiro, enquanto o esforço do eixo dianteiro corresponde, com o veículo sem carga, a 824 kg, com carga de 411 kg ele é bastante aliviado, passando a corresponder esse esforço a 809 kg. A direção, inclusive, torna-se mais leve com carga. A distribuição equitativa de esforço entre os dois eixos se dará com carga aproximada de 150 kg, dependendo, contudo, de sua localização no interior do veículo. Uma distribuição muito boa, com a vantagem do peso da direção ser praticamente o mesmo em qualquer situação de emprego do jipe.

VISIBILIDADE
O Bandeirante possui dois limpadores de pára-brisa, de comandos individuais: o da frente do motorista é elétrico; o do lado é manual. O elétrico tem ciclo de 60 varreduras por minuto. O manual é de emprego eventual e não pode ser facilmente acionado pelo motorista. Uma solução seria dotá-lo de motor, como o outro. Ambos os limpadores varrem 50% da área total do pára-brisa, aproximadamente. A visibilidade do Bandeirante é muito boa, de modo geral, com visadas facilitadas pelos dois espelhos retrovisores, interno e externo. O ângulo morto maior fica no lado direito traseiro. O pára-brisa amplo permite a visão desejada. Os plásticos transparentes complementam a visibilidade.



IMPERMEABILIDADE
A impermeabilidade é apenas razoável: constatamos infiltrações no vidro do pára-brisa e nas junções das partes móveis da capota. Esse aspecto é negativo, mais pela quantidade de água introduzida do que pelos pontos de infiltração. O pó também se infiltra, embora não tanto quanto a água: está dentro dos índices de aceitação, em veículos desse tipo. Pode, contudo, ser melhorada a impermeabilidade.

Fonte: Revista Quatro Rodas, edição de maio de 1.964.

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